LÍNGUA PORTUGUESA


Leia com atenção as definições:

Substantivo: A palavra substantivo relaciona-se com substância. Designa, portanto, o ser, entidade dotada de uma substância existencial. O substantivo é, então, o nome de um ser.

Adjetivo: é a palavra que indica qualidade, estado, característica, aspecto, modo de ser do substantivo. Sua acepção primordial é de modificador do substantivo.

Em cada uma das alternativas, a seguir, encontramos destacados um substantivo e um adjetivo ou vice-versa. Entre os pares apresentados, mudará o sentido se a ordem entre os elementos for invertida a alternativa:  


O indivíduo teve a cruel ideia de sabotar os projetos do engenheiro responsável pela obra.


Trabalhou muito, logo pôde construir uma bonita casa.


No mapa, as grandes áreas são reservas ambientais que necessitam ser preservadas.


Uma grande mulher merece ser reconhecida e valorizada.


Quem foi que disse que os bichos menores não incomodam com o barulho?             

Como sabemos, as conjunções são utilizadas para estabelecer relações entre as orações. Quando estudamos as conjunções coordenadas, podemos, então, falar que há uma ligação entre as palavras ou orações com mesmo valor sintático. Leia as orações que seguem e associe as conjunções coordenativas destacadas aos seus respectivos valores semânticos.

( ) Você almoça ou vê televisão. Decida!
( ) Não me ligue pela manhã porque eu vou trabalhar nesse horário.
( ) Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.
( ) Carla tem muita dificuldade em cálculos, portanto precisará estudar mais. 
( ) Tente chegar mais cedo, mas traga o trabalho concluído.

(1) adição.
(2) conclusão.
(3) alternância ou exclusão.
(4) oposição ou adversidade. 
(5) explicação. 
A opção correta é:


3, 2, 4, 5, 1.


3, 5, 1, 2, 4.       


3, 1, 2, 4, 5.       


3, 4, 5, 2, 1.


3, 2, 1, 5, 4.

Leia o texto:

                                                               O COMPANHEIRO DE VIAGEM

André, o bom Andrezinho, menino querido e estimado por todos que o conheciam, achava-se desesperado, banhado em lágrimas, aflito, porque sabia que o seu extremoso pai estava nos paroxismos finais da vida.

Só ele velava no pequeno e desguarnecido aposento onde jazia o moribundo. A lamparina acesa derramava amortecida claridade. Era noite alta.

De súbito, o velho, quebrando o silêncio, falou:

– Sempre foste bom filho, André, e, por isso Deus te ajudará na tua peregrinação

pela terra.

Depois, olhou tristemente o filho, pela última vez; fechou os olhos para sempre e expirou. Estava morto, mas parecia dormir apenas um sono doce, calmo, tranquilo, porque morrera serenamente, como um justo, que sempre fora.

André, compreendendo a terrível realidade, chorava amargamente. Ajoelhado junto à cama, tendo entre as suas as mãos do seu amado morto, beijando-as com todo respeito, deixou-se ficar na mesma posição, sempre a chorar, até que, vencido pelo sono, exausto de fadiga, adormeceu.

Sonhou. Viu o Sol e a Lua inclinarem-se diante dele. Viu o velho, de perfeita saúde, sorrindo-se, alegre como outrora, nos seus dias de bom humor. Uma encantadora mocinha, tendo uma coroa de ouro sobre a bela cabeça ornada de louros cabelos, estendia-lhe a mão, enquanto seu pai lhe dizia: “Eis tua noiva, André. É a moça mais formosa do mundo inteiro”.

O menino despertou.

A agradável e radiante visão havia desaparecido. Ninguém se achava a seu lado: no quarto, só estavam ele e o cadáver.

No dia seguinte enterraram o morto. André acompanhou tristemente o enterro, lembrando-se que nunca mais havia de ver aquele a quem ele tanto amara, e por quem tanto fora amado. Ouviu o som da terra caindo sobre o caixão; ouviu os cantos suavíssimos das preces rezadas. E chorou. As lágrimas fizeram-lhe bem, aliviando-o.

Olhou em torno de si. O sol brilhava majestosamente, dourando as árvores verdejantes, como se quisesse dizer-lhe: “Consola-te, Andrezinho, contempla este céu, tão azul, tão sereno! É nele que está teu pai rogando a Deus para que sejas eternamente feliz.”

E, ali mesmo, no cemitério, o mocinho protestou consigo mesmo:

– Prometo que serei sempre bom, porque quero reunir-me, um dia, a meu pai, que está no céu.

Em seguida, tendo ajoelhado e rezado mais uma vez, no sepulcro do seu querido morto, retirou-se para casa, ainda triste, porém, resignado, consolado.

(PIMENTEL, Figueiredo. Histórias da Avozinha. Disponível em:< http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000137.pdf >Acesso em: 07 ago. 2018)

No trecho:

Depois, olhou tristemente o filho, pela última vez; fechou os olhos para sempre e expirou. Estava morto, mas parecia dormir apenas um sono doce, calmo, tranquilo, porque morrera serenamente, como um justo, que sempre fora.

Dos verbos destacados no trecho, encontra-se conjugado no mesmo modo e tempo verbal que ESTAVA, o verbo da opção:


fora


parecia


morrera


expirou


fechou

Machado de Assis afirma em Memórias Póstumas de Brás Cubas:

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo.

Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000213.pdf Acesso em: 19 fev. 2019.

Quanto ao estudo da morfologia, especificamente das classes de palavras, podemos afirmar que:


Em "um autor defunto",  "um" é um artigo definido, porque Machado de Assis é realmente um autor que faleceu, por isso um autor defunto. 


As duas palavras em destaque no texto possuem a mesma classificação morfológica, ou seja, ambas são numerais.        


As duas palavras em destaque possuem a mesma classificação morfológica, ou seja, ambas são artigos indefinidos.     


Em "um defunto autor", "um" é numeral cardinal, uma vez que o destaque é para registrar o autor como apenas mais um defunto, um morto.        


As duas palavras em destaque possuem a mesma classificação morfológica, ou seja, ambas são artigos definidos.          

Nesta etapa, você já é capaz de identificar que uma mesma palavra, em determinada situação, pode possuir sentidos variados e, também, pertencer a classes de palavras diferentes. Analise as palavras destacadas nas orações que seguem e relacione a primeira coluna com a segunda, de acordo com a respectiva classe de palavra e, consequentemente, o sentido determinado por ela.

(  ) Ele teve um mau jeito no pescoço esta noite.

(  ) Mal entrei na sala e todos os alunos já cobraram a nota da prova.

(  ) Devemos fugir dos males da tecnologia moderna.

(  ) João é muito mal-humorado! Credo!!

(1) adjetivo.

(2) advérbio.

(3) substantivo.

(4) conjunção.

A opção correta é:


1, 3, 2, 4.


1, 2, 3, 4.            


1, 4, 2, 3.            


2, 4, 3, 1.


1, 4, 3, 2.

Leia o texto a seguir do autor Ricardo Ramos, intitulado “Circuito Fechado”.

Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro. Fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiro, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis. Telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia. água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

FONTE: Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002424.pdf>  Acesso em 21 jun 2017

A partir da leitura atenta do texto, podemos observar que o autor utilizou substantivos a fim de estabelecer a coesão que auxilia o leitor a identificar hábitos diários de um executivo por meio da sequência organizada dos substantivos.

Considerando o que foi exposto, avalie as afirmativas abaixo:

I- A sequência de substantivos “Pia. Sabonete. Água. Escova, creme dental.” relaciona-se com hábitos rotineiros, lavar o rosto e escovar os dentes pela manhã.

II- A sequência de substantivos “Pia. Sabonete. Água. Escova, creme dental.” relaciona-se com a ação de tomar banho, vestir-se e tomar café da manhã para ir trabalhar.

III- Em “Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel.” o plural do termo em destaque é quadros-negro.

IV-  A maior parte das palavras utilizadas no texto podem ser classificadas como substantivos, como a palavra grifada no título  “Circuito fechado”.

É correto afirmar o que consta na alternativa:   


III e IV. 


I e IV.


Somente em I. 


Somente em II.


II, III e IV.

Leia os fragmentos a seguir:

CRUZ, Mônica A. de Oliveira. Felizbrim: um amiguinho cheio de luz. Uberaba: Universidade de Uberaba, 2011.

[...] os sinais de pontuação podem ser empregados, também, como recursos estilísticos, e não apenas como obediência cega às regras decorrentes da estrutura sintática da frase. (MAMEDE, 2017).

Considerando as duas páginas do livro "Felizbrim: um amiguinho cheio de luz" como Quadro I e Quadro II, como poderiam ser justificados os usos das reticências em cada um dos quadros acima:

I- Em I, para prolongar uma ação, intensificando-a.

II- Em II, para interromper um pensamento.

III- Em I e II, para criar suspense e deixar o leitor subentender a mensagem.

IV- Em I, para indicar hesitações comuns na oralidade/fala.

V- Em II, para provocar mais emoção em quem lê o texto.

Está(ão) correto(s) o(s) item(s) da opção:


I e IV.   


II e V.   


Apenas em III.


I e V.


II e IV.  

A respeito do que você estudou sobre as dificuldades mais frequentes da Língua Portuguesa, analise as expressões destacadas nas orações abaixo e os sentidos expressos por elas em parênteses.

A) A urbanização do bairro veio ao encontro do desejo dos moradores (Situação favorável)

B) A anulação do concurso veio de encontro às expectativas dos candidatos (Situação favorável)

C) Ele mora nesta cidade dez anos (Ideia de tempo passado ou decorrido).

D) Estamos a dois quilômetros do inimigo (Ideia de distância).   

Está(ão) correta(s) a(s) oração(ões) presente(s) em:      


B, C, D. 


A, C, D.


A, B, C, D.


A, B, D. 


A, B, C. 

Observe o excerto de O Cortiço, de Aluísio  Azevedo:

Jerônimo só voltava a casa ao descair da tarde, morto de fome e de fadiga. A mulher preparava-lhe sempre para o jantar alguma das comidas da terra deles. E ali, naquela estreita salinha, sossegada e humilde, gozavam os dois, ao lado um do outro, a paz feliz dos simples, o voluptuoso prazer do descanso após um dia inteiro de canseiras ao sol. E, defronte do candeeiro de querosene, conversavam sobre a sua vida e sobre a sua Marianita, a filhinha que estava no colégio e que só os visitava aos domingos e dias santos.

Depois, até às horas de dormir, que nunca passavam das nove, ele tomava a sua guitarra e ia para defronte da porta, junto com a mulher, dedilhar os fados da sua terra. Era nesses momentos que dava plena expansão às saudades da pátria, com aquelas cantigas melancólicas em que a sua alma de desterrado voava das zonas abrasadas da América para as aldeias tristes da sua infância.

AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 30. ed. São Paulo: Ática, 1997.< Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000015.pdf Acesso em: 25 fev. 2019.>

Após seus estudos sobre as preposições, marque a opção em que a preposição "de" está empregada no sentido de causa:


"...morto de fome e de fadiga."


"... horas de dormir..."


"...candeeiro de querosene..."


"...alma de desterrado..."


"...um dia inteiro de canseiras..."

A partir das definições apresentadas a seguir, compreenda a distinção entre Língua Padrão e Língua Coloquial:

Língua Padrão

O termo primordial que caracteriza a língua padrão é correção. Trata-se de não transgredir a ortografia, o vocabulário, o estilo, as normas ou as famosas regras de concordância verbal e nominal, de regência, de pontuação. E, ainda, de empregar corretamente as flexões de gênero e número das palavras, as corretas flexões verbais, os termos adequados nas construções de frases. O que é necessário é escrever corretamente, isto é, sem erro. É esta variante culta que determina as revisões de linguagem em gráficas, editoras, jornais, secretarias e demais órgãos que utilizam a língua no padrão culto em seus exercícios de trabalho.

Língua Coloquial

Este é o nível que caracteriza propriamente a língua como produto da racionalidade humana. Antropologicamente, o homem é o animal dotado de linguagem articulada por meio de signos, de símbolos sonoros, produzidos pela voz, que representam o mundo biossocial. É o nível da voz do animal “homem”. Biologicamente, os animais possuem “vozes”, como aprendemos nas séries inicias de nossa vida escolar. O cão late, o gato mia, o boi berra, e assim por diante. Já o homem fala. Essa é a voz do animal racional, do homem. Mas não é uma voz simplesmente “fisiológica”, decorrente do instinto animal. É a voz codificada pela língua, pelo idioma. Portanto, racional. A língua coloquial é a “verdadeira” língua do homem, ser social.

Depois de ler e comparar as duas definições de níveis da Língua, identifique as alternativas que apresentam características da Língua Coloquial:

(A) É aprendida em casa com os pais, portanto é também chamada de língua materna.

(B) É adquirida por meio de estudo. Aprende-se, estudando e não só ouvindo os outros.

(C) É natural, espontânea, informal. A língua é usada automaticamente.

(D) É artificial, suas expressões não jorram espontaneamente do falante, do emissor.

(E) É emitida com a naturalidade própria do falante, decorrente de sua cultura.

(F) É pensada, ensaiada, cuidada, podendo ser modificada no decorrer do discurso.

(G) É de vocabulário reduzido, simples. Não existe preocupação com o “erro”.

(H) É de vocabulário amplo, refinado, erudito. Presente nas obras de grandes escritores.

A sequência correta encontra-se na opção:                       


C, D, E, G


A, C, E, G


A, B, C, D            


A, B, D, F


B, D, F, H